A minha incrível e longa experiência de parir

quinta-feira, 26 de julho de 2018





Já faz mais de um ano e ainda me lembro de cada segundo daquele dia 29 de junho de 2017. Ele foi realmente incrível e sempre que me perguntam que tipo de parto eu a Alice tivemos, eu faço questão de falar sobre o dia que Alice mostrou sua carinha ao mundo e o dia que eu, finalmente, renasci. 


Emoção 
Quando cheguei no hospital, por volta das 2h da madrugada, meu coração já era só gratidão. Ainda que fosse necessário realizar a cesária, a Alice tinha dado o sinal de que estava pronta para vir ao mundo. Meu parto foi realizado pelos plantonistas do hospital. Então quando chegamos contei toda a história para eles, que me monitoraram o tempo todo. Também foi decidido que aquele comprimidinho da indução seria colocado para acelerar o processo, já que meu liquido estava baixo e minha bolsa já tinha estourado.

Lembro que até umas 4h eu ainda estava no pré-parto, aguardando para subir pro quarto onde eu ficaria até alcançar os dez dedos. Me lembro do desespero estampado na cara do João. Quando subimos foi que a emoção começou de verdade. As contrações foram aumentando. Tipo, AUMENTANDO MESMO...

E as horas foram passando, passando, passando... Horas no chuveiro. Horas tomando água dada na boca, horas de massagens e ajuda para agachar e levantar. Quando eu digo que o João me ajudou a parir, é porque ajudou mesmo. Por todos aqueles minutos. Eu acabei perdendo um pouco a paciência quando a dor apertou rs e dei umas patadas por lá, rs. Nada que ninguém não esteja acostumado. HAHA


O médico resolveu me dar a analgesia para, segundo ele, eu recuperar as forças e aguentar até o final. Nesse momento eu estava com 8 dedos de dilatação. E quando a analgesia entrou na veia, meu amigo. Eu era outra mulher. Feliz, alegre e que ainda conversava sobre futebol. Até que... 40 minutos depois eu voltei a sentir as contrações e a Alice não nasceu. Ou seja: tomei esse treco só para dar paz pro João mesmo.

Os minutos finais, quando fui levada para o centro cirúrgico, foram intensos e os mais lindos. Eu nem vi passar. Mas de repente, olhei para o João e ele estava incrédulo, chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Olhei para o meu colo e lá estava ela: tranquila, serena e olhando pra mamãe e ainda com a ligação que ninguém pode nos tirar: a do cordão umbilical. Perfeita. Já era 17h15 e ela olhava pro meu rosto como quem dizia: até que enfim, mamãe. Um choro baixinho, tranquilo e calma como sempre foi. Um bebê dos sonhos. 

Foi ali e exatamente ali que eu entendi o que seria de mim ali pra frente. Ela seria eu e eu seria ela. Pra sempre. Completamente apaixonada e alucinada naquela bebezinha carequinha, de bochechas vermelhas que com um olhar tão sereno mostrava e nos ensinava ali o que de fato é amor. Para que nascermos e por quem viveremos para sempre. 

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Free Blogger Design Made By The Dutch Lady Designs