Falar sobre as pessoas que
a gente perde nessa vida maluca, não é nada fácil. Mas sinceramente?
Eu preciso dizer algumas coisas. Nos meus poucos 20 anos, tive a infelicidade
de perder muita gente, de ver amigos perdendo alguém, de sofrer e sentir o peito
doer de saudade.
Não é fácil e dói muito. E quando é um amigo que sente a
dor, a dor passa a ser nossa também. Inevitável. E na grande maioria das vezes,
você nem precisa ter contato com aquele que partiu.
Enfim, essa semana não foi muito fácil. Tivemos perdas e não
foi uma só. Infelizmente, por motivos maiores e que fogem do nosso domínio, no
que eu acredito, pessoas queridas passaram a viver em um lugar melhor.
Muito melhor.
Mas pra quem fica aqui nunca é fácil. Já que todo mundo usa
a internet pra tudo, pra reclamar de coisas “simples”, quero usar o meu espaço
para tentar desabafar. Como eu disse, já senti a perda de muita gente, que eu
sempre vou morrer de saudades, vô, amigo, tia...
Há seis meses entrei numa fase de Luto que parece que não
passa. Primeiro, perdi meu avô por parte de pai, menos de um mês depois, minha
avó por parte de mãe também me deixou aqui. E eu sinto a falta dela, todos os
dias.
Agora, com o coração já “se acostumando” e com as dores
virando saudade, perdemos o irmão da minha amiga Patrícia. Novo, lindo e
rodeado por uma família linda. Nada fácil.
Eu não tinha contato com o Caio, é verdade. Mas desde que me
conheço por gente, tenho contato com a Patrícia e como eu disse ali em cima, “a
dor de um amigo, é a nossa dor”. E não foi nada fácil. Mais uma vez, dez amigas
se uniram para tentar passar força, força que às vezes, a gente nem tem. Mas a gente encontra se precisar!
Cada vez que piso em um velório, um filme se passa pela
minha cabeça. E a dor de não poder fazer nada, por alguém por quem faríamos tudo,
é torturante. Os primeiros dias passam devagar e os amigos se mostram presente.
O que em minha opinião, torna tudo mais fácil.
Mas é quando a gente deita pra dormir que o bicho pega. É
quando a gente “esquece” e depois lembra. É quando a ausência se faz presente. É
quando você pensa: podia ter feito mais.
No que eu creio, as pessoas têm sua passagem pela terra e
cumprem sua missão. Eu acredito em lugares bonitos e alegres, mas também
acredito que outras missões serão dadas aos meus entes queridos e
principalmente, que estaremos ligados para sempre.
Eu não sei muito que dizer, porque na maioria das vezes, chorar e abraçar são as melhores opções. Desculpem-me por isso, meus amigos, mas no momento é o que eu tenho a oferecer.
Virgínia Alves
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