A banda da minha adolescência não existe mais...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014



Essa história de gostar de quem a gente nem conhece é engraçado. A história de você adorar, idolatrar e defender uma banda, um músico, um livro, algo que você gosta muito, é inacreditável.

Nos meus poucos 20 anos, muito músico bom, ruim, ator, apresentador, jornalista morreu. Pessoas que o mundo sentiu a ausência e sempre, sempre vai se lembrar. São as pessoas que morrem, mas não morrem, sabe?

E entre todas as pessoas que eu “vi” indo embora, existem três “recentes” que me fizeram chorar. Michael Jackson, Hebe Camargo e o Chorão.

Quanto ao Michael Jackson, eu não preciso falar muito. O mundo sentiu a morte do MAIOR e ÚNICO astro de todos os tempos. Até quem não gosta de Michael Jackson, gosta de Michael Jackson.

Hebe Camargo... Muita gente “crítica”, mas pra mim Hebe é a coisa mais fofa que aconteceu na história da televisão brasileira. Além de ser um ícone importante para a história da nossa televisão, Hebe era fofa. Carinhosa, carismática e um sorriso que eu jamais vou me esquecer. Quanta alegria!

Chorão... Acho que o Chorão foi algo que me entristeceu de verdade. A banda da minha adolescência já tinha passado por muitos altos e baixos, mas estava de volta. Todo mundo. Então, um dia eu cheguei para trabalhar e estava lá, às 6h50 da manhã, a notícia do dia: o Chorão morreu, o Chorão se matou. O Chorão se foi.

Foi neste momento que o “Chorão” virou “chorona”. A sensação foi quase a mesma de perder algum amigo próximo (o que infelizmente, eu também já perdi), alguém que me fez “companhia” por pelo menos uns sete anos, não estaria mais aqui. E não me diria e não cantaria as músicas bonitas que eu sempre gosto de ouvir.

Acho que gostava do Chorão, porque ele era uma pessoa polêmica, sincera. Sofri, chorei e não acreditei. Fui a muitos shows da sua banda. Muitos.  E meses antes da morte, tive a oportunidade de ir a mais um: A banda abriu o show do Linkin Park. Não era mais a mesma. Chorão já estava perdido em cima do palco. Mas eu amei mesmo assim. 

Champignon também não está  mais aqui. Outra morte difícil de entender. Os amigos de verdade, que brigaram, quase se mataram, como grandes amigos... Se  perderam no caminho e fez com a gente os perdesse também.


Não há explicação. Mas Chorão já na sua fase mais ou menos deixou uma música que diria tudo e parecia saber o que já estava pra acontecer. Eu sempre vou gostar da banda, quem é fã não deixa de gostar, não liga pro que os outros pensam... Sempre vou sentir saudades, mas e é claro que pra minha felicidade, um dia a gente se encontra

Virgínia Alves

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